Olá pessoas, como vão vocês?
Eu vou bem, obrigada.
Eu vou bem, obrigada.
Mais um ano está chegando ao fim (chegando ao fim é um negócio engraçado de se falar) e com ele, muitas coisas estão acabando e outras prestes a começar. Para mim, 2018 foi um ano no mínimo interessante (para não dizer desesperador).
Como sempre, eu apareci e desapareci - com ênfase no desapareci - muitas vezes daqui do blog; minha saga de falta de motivação e preguiça para escrever se manteve durante o ano, o que não é uma novidade. Quando comecei a escrever esse post (a pensar nele, no caso) foi pelo mesmo motivo de sempre: me deu a louca de precisar escrever. Enquanto digito isso, minha mente está percorrendo os caminhos de procura sobre coisas que aconteceram nesses 12 meses como uma retrospectiva. E o mais legal de tudo isso é que eu nem quero pegar meu celular para distrair minha mente com coisas pífias.
Pois bem, não posso realmente falar sobre a retrospectiva intrapessoal que acabei de fazer, já que é muito pessoal para eu me expor assim, mas, eis fatos marcantes do meu 2018 (não é como se alguém se importasse, mas lá vai):
- Comecei o ano solteira, já que terminei um namoro de 2 anos e meio em Dezembro de 2017;
- Também comecei o ano com duas mechas (uma em cada lateral do meu cabelo) loiras;
- Mudei de unidade do colégio em que trabalho (era do Taquaral e fui pro Alphaville);
- Tive algumas bads de certo modo "pesadas", mas poucos souberam;
- Pintei minhas mechas de azul (que ficaram meio turquesa, verdes e vários tons diferentes das 3 cores);
- Conheci pessoas legais, retomei contato (e fiz uma amizade muito bacana) com um colega, beijei, dancei, saí, bebi e ri muito;
- Finalmente tive as disciplinas de Literatura Brasileira na universidade e tive a oportunidade de ter tido aula com a professora Tereza de Moraes;
- Fui para Foz do Iguaçu depois de 17 anos enchendo a cabeça do meu pai;
- Descobri uma coisa não muito bacana que fizeram para mim;
- Tomei coragem e finalmente matei a vontade de ter meu cabelo todo vermelho e, uma das coisas principais:
- Sobrevivi ao pior semestre da faculdade (até então), conhecido também como o 6º semestre.
Quando digo que "sobrevivi", é quase literal. Eu pensei sinceramente que não ia aguentar. Eu nunca havia passado tão mal por conta da faculdade; tive algumas crises, perdi as contas de quantas vezes chorei achando que não iria conseguir. Não foi do jeito que eu queria, mas consegui.
Nesse ano eu passei por diversas situações que testaram a minha paciência, meu autocontrole, minha fúria, raiva, tristeza. Não posso dizer que ganhei todas essas lutas, mas aprendi muito. Coisas que eu nunca pude imaginar aconteceram, tanto de bom, quanto de ruim. Foi um ano que chorei por amor, pela minha insegurança, pela minha autoestima, por faculdade, por política, por medo pelos outros. As eleições, por exemplo, foram um dos momentos que mais me deixaram nervosa. Agora eu só torço pelo melhor (apesar de que as notícias não colaboram para meu otimismo).
Eu tive pessoas maravilhosas do meu lado (até citaria os nomes, mas fico com vergonha *risos*). Boa parte das coisas não aconteceram da maneira que eu queria, mas foi bom terem acontecido. Pude terminar o ano sabendo que eu tenho minha escrita e que eu sempre, sempre vou ter ela do meu lado. Escrevi poemas lindos e diferentes, experimentei coisas que um dia vou tomar coragem e mostrar para o mundo. Fiz uma história sobre a Lua e o Sol e ouvi que poderia ser escritora de verdade. Bom, poeta eu já sou.
Eu sempre reclamo muito das coisas e sobre tudo, sou difícil de lidar, meio anti social, pessimista, mas tudo bem. O que tá ruim a gente tenta mudar, o que tá bom é só melhorar.
Tudo vale a pena se a alma não é pequena, já dizia Pessoa.
Acho que mais uma vez perdi o foco sobre o que eu estava falando. Isso é uma coisa que eu vou levar para 2019 - e possivelmente para o resto da vida. O que você está levando para o ano que está chegando?
Para finalizar o último devaneio do ano, um poema que fiz e gostei:
autobiografia poética
Paranóia.
Cacos quebrando.
Percebo que sou eu.
Duplicada, contrariada;
sendo sempre o oposto
daquilo que sou.
A felicidade vem do nada
e a tristeza também.
Tempos modernos me deixam cansada.
Desgosto dos tempos antigos.
Vendo nada eu vejo tudo.
Uma voz sempre me aconselha:
pensei que era louca,
mas sou eu cuidando de mim.
Talvez seja metafísico
ou a natureza fazendo sua parte.
Como dois mais dois
são quatro,
eu me acostumo
com minha fala sem freio,
em pensar nada e pensar tudo,
com a peculiaridade do meu ser,
das piadas que somente eu entendo,
com minha risada estranha.
Aceito como sou
e as consequências do que sou.
Aceito os pensamentos sombrios,
a antipatia, a empolgação de criança,
o choro, o riso, a raiva
aquilo que reverbera
fulminante.
O bom e o ruim.
A cor e a monocromia acinzentada.
Como um código binário
eu sou ampla, dupla.
Com um controle emocional
baixo, mas que aumenta
cada vez que me desponto:
se nem eu cumpro minhas
próprias espectativas,
como outros poderiam?
Paranóia.
Nervos surtando.
Finjo um sorriso.
Nós sempre fingimos.
As vezes tudo isso se torna verdadeiro.
Desabo mais uma vez.
Na cabeça, vive a
esperança de se levantar.
Dou uma gargalhada,
sei que é real.
A gente aprende
na dor e no amor
e sabe que um dia
o choro, o riso, a raiva,
a paranóia, a peculiaridade,
a antipatia, a empolgação de criança,
o metafísico e a natureza,
toda a oposição,
se vão.
A amiga que sempre espera
finalmente nos dá a mão.
Espero, algumas vezes ansiosamente,
outras não.
E mais uma vez me repito:
é a duplicidade em ação.
Eu devaneio, mas tudo bem.
Sempre fiz e sempre farei.
--
E é isso pessoas, um Feliz Natal atrasado e um ótimo Ano Novo.
Vem que vem 2019!
Sim, você sobreviveu. (Sobre)viveu apesar de tudo. Apesar do semestre e das pessoas. E ainda me ajudou quando precisei. Sobreviveu por você e por todas nós.
ResponderExcluirBeijinhos, feliz 2019 ❤️
É NÓIX
Aaaaa, que comentário lindo <3 é nóix sempre, miga. Muita força para a gente. Feliz 2019!
ExcluirMe identifiquei muito com algumas partes, em ambos os textos. Fico feliz por ter conseguido enfrentar td isso, temos sempre uma fase "difícil" (ou como você queira chamar) em nossas vidas mas sempre há algo ou alguém para nós apoiar, além de nós mesmos. E no fim td se torna um aprendizado.
ResponderExcluirLevo pra 2019 o meu processo de autoconhecimento (ainda está no começo), percebo que tive um certo progresso em várias questões e para melhores (comparado a outras eus, de outros anos), também levo a minha vntd de ser um pouco mais social e comunicativa (principalmente na parte de me expressar).
Feliz 2019 e que ele seja positivo. Bjs! ❤
É preciso esforço, mas sei que você consegue! Isso de querer mais social e comunicativa também é uma coisa que eu gostaria de ser mais também hahahaha que seja um ano de muitos aprendizados para nós. Feliz 2019 de muita luz e força para nossas descobertas!
ExcluirOi Dessa!
ResponderExcluir2018 foi um ano muito difícil mesmo. Sabe aquelas piadas que fazemos do mês de Agosto. Que ele dura uns 3 meses? Ouvi gente falando isso de 2018. Que parecia que nunca ia acabar. E a política foi o que quase acabou com muita gente. Que acabou com algumas relações, isso é certo!
Mas, enfim... Você sobreviveu. Eu sobrevivi.
E para finalizar...
Amei seu poema. Parabéns!
Todos nós sobrevivemos. Agora é ver o que 2019 nos aguarda.
ExcluirObrigada tia <3