Escrever me faz bem e preciso encontrar blogs legais para ler

Olá pessoas, como vão vocês?

Eu vou bem, obrigada.

Estamos em 2021. Ainda estamos vivendo tempos pandêmicos. Como vocês devem imaginar, eu continuo surtando (esse é o momento em que vocês fingem surpresa). 

Eu sempre tenho planos de pegar firme (ui) no blog e sempre acabo falhando na missão. E isso acaba sendo engraçado, pois eu sei o quanto me faz bem escrever e como seria produtivo "gastar" o meu tempo aqui. 

Então, eu já contei como eu comecei a escrever?

Para quem não sabe, eu comecei com poesias. Sim, elas eram péssimas e a grande maioria eu joguei fora - que, vendo em retrocesso, foi um erro - e tudo isso aconteceu graças a Carlos Drummond de Andrade. Vejam bem: eu não sou uma pessoa dos clássicos (o que é irônico, já que na universidade eu gostava mais das disciplinas de literatura), mas o primeiro livro de poesia que eu li foi dele. Eu não lembro qual livro era, tenho quase certeza que era uma antologia que o Governo do Estado de São Paulo fazia e distribuía nas escolas. Isso foi quando eu estava na falecida quarta série - conhecida agora como quinto ano - lá em 2008. Eu estava perto de fazer 11 anos e achei lindo tudo o que eu estava lendo, apesar de não entender nada. Tenho guardado na minha memória eu sentadinha no sofá, encantada com o que eu lia. Depois disso, foi quando a minha carreira de escritora começou.

Meu primeiro blog foi no falecido UOL em 2009, com a URL zip.net (que eu acabei de descobrir que foi excluído para sempre). Eu falava sobre a minha vida e das coisas que eu gostava. Na época, os blogs de HTML e templates bombavam, então eu montei meu layout personalizado com os tutoriais que eu tinha acesso. Depois eu acabei desistindo dele e perdendo a senha e fui me aventurar no Twitter (na época que nem versão em português tinha).

Em 2010 ou 2011, fiz o Tumblr e foi quando o nome "apenas mais uma nesse" surgiu. Eu fiz numa brincadeira, já que ficava a pergunta: "apenas mais uma nesse o quê?" Acabou que quando fiz o blog em 2014, resolvi usar o mesmo nome. Tentei me aventurar pelo Wordpress também, mas eu não entendia nada e desisti. 

Nos meus primórdios da Internet, as blogueiras eram super bacanas e eu, uma adolescente tímida, tinha vontade de me tornar uma delas. Mas a real é que eu sempre fui meio preguiçosa e não seguia adiante, tanto que em 7 anos de existência, eu tenho poucas postagens (e para ser bem sincera, muitas foram para o rascunho).

Mas mesmo fora da Internet, eu sempre escrevi. Sempre foi uma forma de passar o meu tempo e de expor o que eu estava sentindo. Entre 2010 e 2013, eu falava que queria ser compositora e escrevia "músicas"; mas até hoje só uma delas eu fiz as cifras (e depois parei de tocar violão).

Já tentei escrever fanfic, já tive um Instagram de poesias (que eu apaguei), já tentei começar a escrever livros, já quis publicar meus contos e esse ano eu queria fazer um livro com meus poemas. Mas a minha baixa autoestima e aquela voz que sempre me diz que nada que eu escrevo é bom me atrapalham. Não sou uma grande escritora, mas também não sou a pior. São mais de dez anos escrevendo e aperfeiçoando a minha escrita. Eu já fui muito ruim, agora melhorei muito. São anos de esforço, mas a minha própria cabeça me sabota. Bem, eu sou a minha pior inimiga e maior crítica. 

Agora, em um mundo onde vídeos estão tomando conta, eu sinto falta de ler coisas. Por mais que eu não esteja contribuindo para a produção escrita de conteúdos, eu sinto falta de blogs e similares. Ok, eu admito que as vezes tenho preguiça de uns textões que vejo por aí, mas acho muito mais prático do que ver vídeos. As vezes eu quero me distrair quando estou por aí, mas nem sempre tenho rede móvel boa ou estou sem fone de ouvido. Ou simplesmente quero ler enquanto ouço minhas músicas e não quero ter que pausar o tempo todo. 

Enfim, os tempos são outros, mas eu sinto que eu devo continuar escrevendo. Um blog pode ser uma arte que está morrendo? Sim. Mas tenho boas memórias de tudo que já escrevi e li durante esses 14 anos que tenho acesso a rede mundial de computadores. 

Agora, para finalizar, deixo um apelo: me indiquem blogs, pelo amor de Deus. Quero voltar a saborea-los da maneira que eu fazia anos atrás. Acho que é uma boa maneira de me conectar novamente comigo e com as coisas que eu sou.

Um beijo e até mais,

Dessa.